AYLAN KURDI
A mídia divulgou a triste realidade da morte de Aylan Kurdi, o menino refugiado sírio de três anos que afogou no mar antes de chegar a Turquia. Ele, seu irmão e sua mãe morreram. De origem curda, a família buscava escapar das atrocidades do grupo autointitulado “Estado Islâmico” na Síria. Apenas Abdulah, seu pai, sobreviveu.
A cena é triste e forte. O corpo fica jogado na praia, debruçado na areia enquanto as ondas batem. Ainda com sapato, um short azul escuro e uma camisa vermelha, a criança aparece morta. A imagem é chocante e devastadora.
Aylan Kurdi tornou-se o símbolo da realidade dos refugiados que saem da Síria, Afeganistão, Iraque, Líbia e Eritreia, buscando na Europa a esperança de uma vida melhor, segura, tranquila e estável.
Mas Aylan Kurdi significa muito mais que um símbolo dos refugiados. Ele também é símbolo de muitas outras coisas. Aylan Kurdi é símbolo do EGOÍSMO dos líderes da Síria que lutam e brigam pelo poder. Foi o EGOÍSMO que matou Aylan Kurdi. Aylan Kurdi é símbolo da “INTOLERÂNCIA RELIGIOSA de um grupo radical religioso que não acredita na liberdade da alma, onde cada um deve ser livre para crer no que quiser crer e precisa ser respeitado por isso. A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA matou Aylan Kurdi. E mais, Aylan Kurdi é símbolo da GANÂNCIA. Aqueles que transportam refugiados pelo e recebem cerca de 2.500 euros por pessoa para fazer esse transporte perigoso. A GANÂNCIA matou Aylan Kurdi. Ele também é símbolo da INSENSIBILIDADE. A Comunidade Européia está truncada em leis que não decidem primeiramente a favor da vida. A INSENSIBILIDADE matou Aylan Kurdi.
A morte do pequeno Aylan Kurdi fala também a cada um de nós. Ela nos nos diz que há outros tantos “Aylans Kurdis” – infantes e adultos – que também estão ao nosso redor morrendo. Gente que vemos, olhamos, mas não percebemos; São os “Aylans Kurdis” por quem não fazemos nada e deixamos também morrer “afogados” no mar da miséria e do desprezo.
O pequeno Aylan Kurdi nos alerta que a realidade da dor e atrocidades no mundo é maior do que nosso pequeno “mundinho”. Aquele no qual estamos envoltos, que nos alimenta com banalidades e nos cega para alvos e postura mais nobres.
O certo é que se alguém não se senbiliza com a situação que envolveu Aylan Kurdi, Deus o faz. Deus sabe a dor de Abdulah, o pai. Ele sabe, porque um dia Seu Filho também morreu. Ele morreu para trazer esperança para Addulah e para qualquer pessoa que sofre.
Em João 10.10 Jesus diz: “…Eu vim para que tenham vida, e a tenham vida em abundância.”