O RELACIONAMENTO COM DEUS

O apóstolo João escreveu em 1 João 4.13: “Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito.”

A Bíblia ensina que Deus se aproxima do pecador. Ele se achega a você e se revela de forma cuidadosa, demonstrando Seu amor e misericórdia a você.

Deus especificamente veio até você através de Jesus. Por meio de Sua obra na cruz Ele pagou o preço do seu pecado e agora ordena que você se arrependa. O arrependimento lhe propicia uma nova vida hoje e eternamente, enquanto estabelece também uma vida íntima e relacional com Deus Pai.

A intimidade com Ele se torna algo tão real em Sua vida, que jamais você terá um Deus distante, mas Ele passará a estar com você; dentro de você por meio do Espírito Santo. É sobre isso que João está ensinando nesse texto.

Quando você recebe a Jesus, o Espírito Santo é a pessoa de Deus dentro de você. É pelo Espírito Santo que você será despertado a uma nova vida que inclui novas motivações, novos pensamentos, novos interesses, novas palavras, novos relacionamentos, novas atitudes e novas reações.

Quando você estiver nesse relacionamento com Deus, você permanerá nEle e Ele em você. Isso é algo indizível e maravilhoso.

Deus somente está distante daqueles que insistem em viver suas próprias vidas em desobediência a Ele. O arrependimento diante de dEle é única forma de aproximação e intimidade com Ele. E isso está acessível hoje e agora para quem quiser.

Você é quem decide a distância de Deus. Você vai mantê-lo fora ou dentro de sua vida? Lembre-se do ensino de Tiago 4.8: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros…”

CASO SUA VIDA ESTEJA DIFÍCIL

Caso sua vida esteja difícil, suas ações e reações precisam de muita sabedoria e prudência, e a palavra de Deus pode lhe ajudar de forma eficiente.

Caso sua vida esteja difícil é preciso tomar decisões sérias. Uma dentre elas é buscar a Deus em oração. Provérbios 3.6 ensina: “Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Na oração você tira o controle da situação e o coloca nas mãos de Deus.

Caso sua vida esteja difícil considere também organizá-la melhor. Eclesiastes 8.5 afirma que “…o coração do sábio conhece o tempo e o modo.” É preciso que você saiba o que está lhe acontecendo e como isso o está afetando. Na prática você não deve permitir que suas lutas deixem sua vida uma bagunça. Organize-se! Organize seu tempo e tudo ao seu redor. Mantenha a disciplina de vida, dentre elas o próprio exercício físico. Não procrastine; não deixe nada para amanhã. Organizar a vida lhe ajuda a lidar com as pressões do dia a dia.

Caso sua vida esteja difícil considere estar com pessoas. Na noite mais difícil da vida de Jesus, no Jardim do Getsêmani, Ele levou para estar junto a si seus três discípulos mais próximos. Mateus 26.37 diz que “E levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.” Em sua agonia, Jesus decidiu não se isolar. Ele decidiu ter seus amigos por perto para que estivessem com ele; orando com e por ele. Por isso, não se isole. Não deixe o orgulho dizer que você pode lidar com a dor sozinho. O isolamento é um perigo quando a vida está difícil.

Seja prudente e sábio; aja com conhecimento e discernimento nos dias difíceis. Não deixe que sua vida seja mais difícil nos dias difíceis.

POR QUE ORAR?

Toda a Bíblia está repleta de oração a Deus. Ele é o centro de tudo e os personagens bíblicos reconhecem isso e O buscam para pedir, agradecer, adorar, confessar seus pecados ou interceder por outros.

A pergunta básica é: Por que orar? Eis alguns principais motivos:

Em primeiro lugar oramos porque Deus ordena. Em Colossenses 4.2, Paulo escreve: “Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” Em Lucas 18.1 Jesus encorajou seus discípulos “…sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer.” A oração é vital. João Crisóstomo afirmou: “A comunhão com Deus… é a raiz, a fonte, a mãe de mil bênçãos!”

Em segundo lugar devemos orar porque a oração revela o quanto amamos a Deus. Se você ama você quer estar perto, compartilhar e quer conversar. Se você ama a Deus você desejará estar com Ele. O salmista afirma no Salmo 116.1: “Amo o SENHOR, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas.”

Em terceiro lugar oramos porque através da oração declaramos nossa dependência de Deus. Quando você ora você afirma que Deus é a fonte da sua vida. Paulo afirmou em Colossenses 3.4: “Quando Cristo, que é a nossa vida…” A oração é o meio que faz com que você receba de Deus Seu conforto, ânimo, orientação, paz, força e as respostas para sua vida.

Em quarto lugar devemos também orar porque através da oração podemos nos proteger da tentação e do pecado. Jesus ordenou em Mateus 26.41: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação…” Se você não ora, você se mantém fraco espiritualmente, distante de Deus, e exposto às investidas de Satanás que lhe atrairá ao pecado.

Alguém disse: “Está ruim? Ora que melhora”. Por isso, faça da oração um hábito diário em sua vida.

A SOBERANIA DE DEUS

A soberania de Deus é declarada nas palavras de Davi em 1 Crônicas 29.11,12: “Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.”

Infelizmente o ser humano acredita ser ele o centro de tudo. Compreender que Deus é soberano e que está no controle de todas as pessoas e circunstâncias, não somente choca, mas desperta sentimentos vis. Charles Spurgeon escreveu: “Nenhuma doutrina em toda a Palavra de Deus tem inflamado mais o ódio da humanidade do que a verdade absoluta de que Deus é soberano. O fato de que ‘o Senhor reina’ é indiscutível, e é esse fato que suscita a maior oposição no coração humano.”

A soberania de Deus é definida como o completo, total e independente controle que Deus tem sobre cada criatura, evento e circunstância em cada momento da história. Isso implica dizer que Ele é livre, incontrolável e absolutamente independente e santo no que faz. O Salmo 115.3 declara: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”

A soberania de Deus afirma que Ele está no controle de tudo e todos e que nada ocorre sem Sua permissão. Tudo no final revela Seus propósitos e Sua perfeita glória.

Haverá sempre alegria, confiança, paz, tranquilidade, conforto e alívio de todos os medos do presente e do futuro quando seu coração estiver plenamente descansado na soberania de Deus.

O entendimento da soberania de Deus faz com que qualquer pessoa viva em paz ainda que aparentemente o caos impere.

A CULPA DO PECADO

Segundo a Bíblia, o pecado é o problema de toda a raça humana. Romanos 3.23 afirma: “Pois TODOS PECARAM e carecem da gloria de Deus”. A verdade é que todos nós ofendemos a Deus e somos declarados diante dEle: culpados!

Encarar a culpa do pecado não é algo fácil para as pessoas. A tendência natural é sempre ignorar, racionalizar, minimizar e redefinir o pecado. Em Isaías 5.20, os contemporâneos do profeta, já agiam assim. Deus os confrontou dizendo: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem das trevas luz e da luz, trevas; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!”

Em Romanos 7.24, Paulo ao reconhecer a culpa de seu pecado, exclama e pergunta: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Mas em Romanos 8.1 ele mesmo apresenta a solução, dizendo: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus…”

Os que estão em Jesus são libertos da culpa do pecado. O evangelho de Jesus declara que o homem é pecador diante Deus, mas apresenta também a esperança e o perdão dos pecados pelo arrependimento. Os que se achegam a Jesus arrependidos são perdoados e libertos diante de Deus da culpa do pecado.

Hoje Deus espera que você reconheça seus pecados e se arrependa deles. Ao agir assim, Ele o limpa de todos eles e lhe perdoa totalmente. Seu perdão remove a culpa e a condenação que o pecado traz. E mais, Seu perdão não só o liberta, mas o próprio Deus o adota em Sua família lhe chamando de filho querido.

Se você se arrependeu de seus pecados e creu no Senhor Jesus como seu Salvador, todos eles foram perdoados e você não precisa mais viver como culpado de nenhum deles. Em você se cumpre a grande verdade do Salmo 32.1: “Bem-aventurado aquele cujo pecado é perdoado, cujo pecado é coberto.”

TRATANDO O RESSENTIMENTO

“Ressentimento” vem da palavra “ressentir”; sentir novamente; sentir-se mal em relação a alguém repetidamente; ter queixa contra alguém. O ressentimento é a capacidade de pegar um fato ocorrido no passado e revivê-lo.

Pessoas ressentidas alimentam ira, raiva, mágoa, ódio e inveja contra o outro. Elas deliberadamente por vezes não falam, ignoram e evitam os que a ofenderam. Elas são capazes de difamar e fazer fofocas dos ressentidos.

No fundo os ressentidos são egoístas e orgulhosos; eles insistem em não perdoar. Eles escolhem em sentir os problemas do passado; eles querem se manter no ressentimento achando que se sentirão bem assim. A eles William Shakespeare afirmou: “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.”

A primeira pessoa ressentida na Bíblia foi Caim. Ele se ressentiu com Deus por ter aceito a oferta de Abel e não a dele. Em Gênesis 4.5 diz que “…Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.” Por não ter se arrependido de sua atitude, seu ressentimento tornou-se em raiva e ódio, e por fim, Caim assassinou seu irmão Abel.

O principal problema do ressentimento é que ele não permite a pessoa avaliar sua vida no padrão de Deus. Pessoas ressentidas não enxergam as circunstâncias e os outros com os olhos de Deus.

Talvez você diga: “mas eu não tenho poder para agir assim; para perdoar. Sei que preciso mudar minha atitude, mas não consigo mudar!” Essa é a razão porque você necessita desesperadamente ir a Jesus e pedir para que Ele mude seu coração e sua vida. Ninguém foi tão abusado quanto Ele. Jesus sabe muito bem o que é sofrer e o que é amar sem ressentir. É por Ele que você terá poder para abandonar o ressentimento e perdoar.

Venha a Jesus e troque seu ressentimento pelo perdão.

O MELHOR DA VIDA

As pessoas passam anos a fio procurando o melhor da vida. O livro de Provérbios nos ensina sobre o melhor da vida. Provérbios usa o adjetivo hebraico “tov” ao falar sobre o “melhor”, fazendo comparações com tudo aquilo que é muito bom, agradável e excelente.

Eis alguns textos em Provérbios sobre o “melhor” da vida.

Provérbios 15.16: “MELHOR é o pouco, havendo o temor do SENHOR, do que grande tesouro onde há inquietação.”

Provérbios 15.17: “MELHOR é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o ódio.”

Provérbios 16.16: “Quanto MELHOR é adquirir a sabedoria do que o ouro! E mais excelente, adquirir a prudência do que a prata.”

Provérbios 16.19: “MELHOR é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos.”

Provérbios 16.32: “MELHOR é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade.”

Provérbios 21.9: “MELHOR é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa.”

Provérbios 22.1: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é MELHOR do que a prata e o ouro.”

Provérbios 27.5: “MELHOR é a repreensão franca do que o amor encoberto.”

Sua vida pode ser melhor aplicando os princípios de Provérbios, mas Jesus ensinou que o melhor da vida mesmo ainda não é nessa vida. O melhor da vida está em crer nEle e viver para Ele. Em João 10.10, Ele mesmo diz: “…eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” Em Jesus, o melhor da vida pode ser desfrutado hoje, agora e eternamente.

O humorista americano Art Buchwald declarou com sabedoria e sobriedade: “As melhores coisas na vida não são coisas.”

RENDIDOS À VONTADE DE DEUS

Em Mateus 6.9,10, Jesus ensinou que ao orarmos devíamos dizer: “…Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade…”

Conforme o ensino do Senhor Jesus esse deve ser o padrão inicial de todas as nossas orações. Mas o problema é que basicamente não oramos assim. Por vezes iniciamos nossas orações pedindo a Deus para que Ele faça o que queremos; que Ele faça a nossa própria vontade.

A deficiência de nossa espiritualidade está no fato de nem sempre estarmos dispostos a submeter nossa vontade à vontade de Deus; em fazer calar nosso querer em detrimento último ao querer de Deus.

Em Marcos 14.36, Jesus orou no jardim do Getsêmani, dizendo: “…Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”

O Senhor Jesus sabia que o Pai tinha todo poder para fazer qualquer coisa, dentre elas não permitir Sua ida à cruz e providenciar a salvação de um outro modo. Mas Ele se rendeu à vontade do Pai e isso fez toda a diferença.

Assim, Deus espera que você saiba que Ele tem o melhor para sua vida. Ele sabe do que você deseja e precisa. Ele sabe a hora e o tempo para tudo. Ele tem uma vontade amorosa, plena, perfeita, sábia e maravilhosa. Sua principal decisão é confiar nEle e render todos os seus desejos à Sua vontade.

Sua rendição à plena vontade Deus lhe conduzirá a uma vida espiritual significativa, enquanto lhe manterá firme e seguro quando seus dias forem duros e difíceis. A. W. Tozer declarou: “Aquele que se rende total e alegremente a Cristo não pode fazer uma escolha errada – qualquer escolha será a certa.”

Render-se à vontade do Pai é a fonte da verdadeira vida.

QUANDO UM DIA FAZ A DIFERENÇA

Num dia aparentemente normal, Moisés partiu, como fazia por muitos anos, para cuidar do rebanho de ovelhas de seu sogro, Jetro. Por meio desse árduo trabalho Moisés recebia seu sustento. Êxodo 3.1 afirma que “Apascentava Moisés o rebanho de Jetro…levando o rebanho para o lado ocidental do deserto…”

Nesse dia em particular, a vida de Moisés seria radicalmente mudada. O Senhor se apresentou a ele numa sarça ardente, dizendo que havia ouvido o clamor de dor e sofrimento de Seu povo no Egito, que os livraria e os conduziria à Terra Prometida. Após tudo isso, em Êxodo 3.10 Deus comissiona Moisés, dizendo: “Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito.”

Como um dia pode fazer toda a diferença! Este foi o dia em que tudo mudou na vida de Moisés. Esse foi o dia em que Moisés se tornou o principal representante de Deus para os israelitas e perante Faraó. Esse foi o dia que iniciou a caminhada de Israel para a Terra Prometida. Naquele dia a vida de Moisés foi mudada para sempre.

Como Moisés, hoje pode ser um dia diferente. Hoje toda a sua vida pode ser extremamente mudada porque Deus ainda continua comissionando pessoas, ouvindo orações e transformando circunstâncias.

O mais seguro e sábio é que você, como Moisés, continue também fazendo suas tarefas e trabalhos cotidianos, mantendo a expectativa de que o mesmo Deus pode também lhe dirigir para algo que Ele tem para Sua glória. É preciso apenas que você esteja aberto e sensível à plena direção dEle para sua vida.

Lembre-se que um dia faz a diferença quando se crê num Deus que faz num dia normal e numa vida normal, algo maravilhoso e diferente.

A ESPERANÇA QUE MUDA

Em João 5.8 Jesus disse a um paralítico: “…Levanta-te, toma o teu leito e anda.”

Vivemos num mundo em prol da mobilidade. Um deficiente físico hoje pode ser realizado e extremamente produtivo. Mas na época de Jesus isso era impossível. Deficientes físicos viviam da ajuda de outros.

No exemplo acima, um homem havia sido paralítico por um longo tempo. Provavelmente, as únicas posses que ele tinha eram suas poucas roupas e uma esteira (um leito) sobre a qual se deitava.

Naquela esteira aquele homem viu os anos passar. Ele teve noites amargas e talvez algum deslumbre de esperança. Ele se acostumou com a esteira e não poderia viver sem ela. A esteira era basicamente o único símbolo de esperança em sua vida.

Jesus o encontrou e compassivamente lhe deu uma ordem: “…Levanta-te, toma o teu leito e anda.” Em João 5.9 ele obedeceu a Jesus: “Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar…”

Ao encontrar-se com Jesus e ter sido curado, ele não mais precisava daquela esteira. Em vez de um objeto como esperança, agora ele tinha a esperança viva, pessoal e materializada em sua frente: Jesus. Sua obediência a Ele, mudou tudo.

Em que ou em quem você está colocando sua esperança e segurança? Qual é a fonte de sua esperança? Dinheiro? Saúde? Relacionamentos? Hobbies? Cônjuge? Filhos? Sucesso e Fama? Oportunidades?

Jesus quer lhe ajudar como fez com o paralítico. Ele diz para que você hoje coloque sua esperança e confiança apenas nEle. A você cabe ouvir Sua voz, obedecê-Lo e recebê-Lo como sua única esperança.

Jesus é a esperança que muda qualquer pessoa que esteja disposta a reconhecer as suas necessidades e fraquezas, abandonar suas próprias esperanças e confianças e obedecer voluntariamente a Sua voz.

Você fará hoje de Jesus sua esperança?

DEUS ESTÁ PERTO

Davi era apenas um simples pastor de ovelhas que viu sua vida mudar de forma surpreendente. Deus enviou o profeta Samuel a sua casa para declarar a ele e a todos os seus familiares que ele seria, no tempo certo, rei de Israel.

Na prática, tudo na vida de Davi começa a mudar após sua ousadia em enfrentar o maior oponente de Israel: Golias. Davi o enfrentou e o matou (1 Samuel 17). A partir dessa vitória, ele se tornou o principal soldado do exército de Saul.

As coisas iam bem para Davi como um dos principais soldados do exército de Saul, até o dia em que Saul invejosamente levantou-se contra ele para o matar. Em 1 Samuel 19.1 lemos: “Falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os servos sobre matar Davi…”

Os capítulos 20-31 de 1 Samuel tratam da perseguição de Saul a Davi. Enquanto era perseguido e sofria, Davi buscava ao Senhor.

As dores de Davi o fizeram mais próximo e íntimo de Deus. Suas lutas fizeram com que sua vida experimentasse a Deus de uma forma real e prática. Enquanto sofria, escrevia. Seus escritos compõem parte do livro de Salmos. Ele escreveu no Salmo 34.18: “Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido.”

Como Davi, podemos aprender que Deus permite nossas lutas para que possamos centrar nossa vida nEle. No meio dos reveses mais profundos Deus não está longe, Ele está bem perto.

Deus está perto e permite circunstâncias adversas em sua vida para que você se achegue a Ele, dependa dEle e faça dEle o centro de tudo. Cabe a você ir a Ele.

Deus está perto. O problema é que talvez você esteja longe demais dEle.

“…GRAÇA AOS HUMILDES”

Viver a vida centrada em Deus inclui uma postura de dependência e humildade diante dEle. Em 1 Pedro 5.5 o apóstolo afirma: “…Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”

Tentar controlar a vida é um grande fardo. A maioria das pessoas sofrem porque vivem em sua própria força, capacidade e habilidade. Elas não se achegam a Deus para pedir orientação, sabedoria, força e discernimento. Na verdade, elas não levam isso em conta, e acham que essa atitude é um sinal de fraqueza ou de fanatismo religioso.

A graça de Deus está disponível apenas aos humildes. Os humildes são aqueles que já “jogaram a toalha” e reconheceram suas fraquezas e debilidades. Eles estão conscientes que não podem dar um passo a mais em sua própria sabedoria porque entendem que ela é falha e perigosa.

Enquanto conseguirmos manter a vida em nós mesmos, jamais experimentaremos um relacionamento com Deus. Qualquer postura arrogante e orgulhosa de nossa parte nos leva mais para longe dEle e para o fracasso na vida.

Devemos estar dispostos a reconhecer nossa necessidade diária; devemos manter-nos desesperados por Deus e por Sua ação poderosa em nossas vidas; devemos focar nEle como nossa única e última esperança. Quando assim o fizermos nossa vida encontrará norte e equilíbrio.

Todos aqueles que andam na soberba acabam sendo envergonhados, mas os que andam humildemente com Deus, encontrarão dEle as soluções para a vida. Isso é o que Provérbios 11.2 afirma: “Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria.”

Enquanto existir uma fagulha de segurança e esperança firmada em sua capacidade, força e habilidade, você nunca dependerá exclusivamente da graça de Deus.

Para você experimentar a graça de Deus em sua vida, é preciso que você abandone totalmente sua própria força, seus supostos méritos e dependa unicamente dEle

LIDANDO COM A INVEJA

A inveja é uma das pobrezas e misérias da alma. João Crisóstomo declarou: “Como a traça corrói uma peça de roupa, assim a inveja consome um homem.”

A Bíblia deixa bem claro que a inveja é pecado. Em Gálatas 5.26, Paulo exorta: “Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando-nos uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.”

Nenhum relacionamento pode ser saudável quando a inveja impera. Pessoas invejosas intoxicam os relacionamentos. Elas são capazes de produzir brigas, divisões e confusões sem limites. Tiago 3.16 afirma: “Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins.”

O problema da inveja é que o invejoso nunca se alegra com o que tem, antes se entristece por não ter o que o outro tem. O invejoso se dói por não ter o caráter, o carisma, a capacidade ou as condições do outro.  

A inveja pode ainda conduzir a atitudes absurdas e criminosas. Tiago 4.2 afirma: “Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis.” No final o invejoso sempre sofre. A inveja não serve para nada.

Quando você reconhece que Deus é a origem, o meio e o fim de tudo o que você tem, é e se tornou, então você lidará corretamente com a inveja. Essa é a verdade afirmada em Romanos 11.36: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém.”

Se a inveja tem sido um problema em sua vida, arrependa-se hoje e peça que o Senhor lhe dê uma nova vida em Cristo, uma profunda gratidão pelo o que você é e tem, e que Ele disponha o seu coração para servir as outras pessoas.

LIDANDO COM O ABUSO

Gênesis 50.18-19 o texto descreve o seguinte com respeito a vida de José: “Depois, vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus?”

José se apresenta cheio de graça para com seus irmãos que haviam abusado dele no passado. Anos mais tarde, após José ter-se tornado poderoso no Egito, ele poderia facilmente retribuir e revidar o abuso de seus irmãos. Mas ele não o fez. Ele não se deixou levar por sua natureza pecaminosa; ele foi gracioso; ele agiu como Deus.

A humanidade tende a agir retaliando os abusadores. Quando se é ferido e abusado, a tendência é se tornar amargurado e esperar a hora certa para dar o troco.

Essa atitude apenas revela o quanto o abusado precisa de ajuda; o quanto ele precisa desesperadamente de Deus; o quanto precisa acreditar e praticar o que José acreditou e praticou. Não que os abusadores estejam certos. Não que Deus esteja aprovando o que os abusadores fizeram.

José perdoou o abuso de seus irmãos porque viu a si e a eles como Deus vê. Ele viu como Deus havia sido gracioso consumando um bom plano, ainda que permitindo o mal. Foi a compreensão da graça de Deus que fez José perdoar e abençoar seus irmãos.

Independentemente de quais abusos você tenha sofrido, o certo é agir como José e não tentar ser juiz da história. Deus é o juiz. Carregar um abuso é algo pesado, mas se tornar juiz e retaliar o abusador é assumir o papel de Deus; isso é muito pesado. Deixe Deus ser Deus.

Jesus pode lhe ajudar a manifestar graça e perdão a seus abusadores, porque como José, Ele também sofreu horríveis abusos, mas por ser e estar cheio e dominado da graça de Deus, Jesus disse na cruz: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”

Em Deus há sempre espaço para manifestar graça, amor, bondade e perdão aos abusadores, independente do abuso.

LIDANDO COM A IRA

Vivemos num mundo irado e irritado. Os nervos estão à flor da pele. O que fazer?

A Bíblia ensina claramente que você pode lidar com a ira. Em Efésios 4.31 Paulo afirma: “Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia.”

O texto ensina que a ira nunca caminha só. Ela é o resultado de outros pecados. A ira é quase sempre gerada por uma mágoa silenciosa, que se traduz numa revolta interna: a cólera, e que por fim alimenta a própria ira, a qual é demonstrada por gritarias, histerismo, dizeres blasfemos e maldosos.

Assim, para você lidar com a ira é preciso que você a veja como Deus a vê. Segundo Efésios 4.31, Deus chama a ira de pecado. Para qualquer pecado, a solução proposta por Deus é sempre o reconhecimento (“Senhor, eu sou uma pessoa irada”); o arrependimento (“Diante de Ti, Senhor, eu estou disposto abandonar a ira”); e a confissão (“Confesso Senhor o meu pecado da ira”).

A seriedade em lidar com qualquer pecado em sua vida, inclui não somente em abandonar o estilo pecaminoso, mas em substituí-lo por novos hábitos que agradam a Deus. É por isso que Paulo continua em Efésios 4.32, dizendo: “Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.”

Quando você trata a ira e os outros pecados adjacentes dela com seriedade diante de Deus, se dispondo a viver de uma forma que O agrade, sua vida então será realmente transformada.

A ira nunca será tratada em sua vida enquanto você a ignorar e tentar justificá-la; não a vendo como Deus a vê, e não tratá-la no padrão que Deus exige.

Lembre-se que tudo muda quando se muda do jeito de Deus.

LIDANDO COM A CRÍTICA

Não importa o quanto uma pessoa seja correta, decente e pura em seus propósitos, o fato é que ela será criticada pelo o que e como faz.

A questão central não é a crítica, mas como lidar com ela. A Bíblia ensina alguns princípios simples e eficazes de como lidar com a crítica.

O primeiro princípio é que você precisa ser rápido para ouvir. Tiago 1.19 diz: “…Todo homem, pois, seja pronto para ouvir…” Ouvir um crítico falar pode ser o mais difícil porque seu desejo é refutar logo o que ele está dizendo. Ser rápido para ouvir significa considerar o que o outro está dizendo. Ouvir sempre pode ser o mais difícil, mas é o mais sábio.

O segundo princípio é que você precisa ser demorado para falar. Tiago 1.19 afirma: “…Todo homem, pois, seja…tardio para falar…” Na prática, quando o seu crítico estiver falando, não o interrompa. Deixe-o falar. Apenas ouça.

O terceiro princípio é que você deve se controlar emocionalmente; não fique irado. Tiago 1.19,20 declara: “…Todo homem, pois, seja…tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.” A raiva é um aliado dos grandes erros. Lembre-se sempre que Deus é paciente com os que O ofendem. Devemos agir assim também.

O quarto princípio é que você não deve se defender rapidamente. Jesus não agiu assim. 1 Pedro 2.23 afirma: “Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.” Só Ele pode lhe ajudar diante das críticas injustas porque Ele as conhece bem.

A crítica traz consigo bons frutos. Se você reagir corretamente ela lhe ajudará a ser mais sábio e mais humilde.

Por isso, dê um “bem-vindo” a crítica. Creia que Deus pode estar querendo falar a você por meio dela.