CUIDADO COM SUAS NECESSIDADES
A primeira tentação de Jesus foi em função de Sua necessidade física: o alimento. Em Mateus 4.2,3 lemos: “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães.”
O alimento cotidiano é uma necessidade básica; ele é necessário para o sustento do corpo físico, e no texto essa era uma necessidade legítima de Jesus. A questão não era se alimentar, mas “como” o alimento seria proporcionado e qual deveria ser a prioridade do momento. Jesus estava centrado nos objetivos do Pai e nos interesses de Seu reino. Nada, e muito menos Sua real necessidade poderia ou deveria tira-Lo do objetivo espiritual do momento.
Como Jesus, todos também estamos expostos a diversas necessidades. Em cada necessidade humana há um padrão de valores a serem respeitados, e quando se ignora a ética desses valores os riscos e as consequências espirituais são inevitáveis. Senão soubermos lidar espiritualmente com elas seremos presas fáceis do inimigo de nossas almas. Satanás apresentará suas tentações especificamente diante de nossas “necessidades”.
Mas como lidar com as “necessidades” reais e irreais? O salmista respondeu a essa pergunta no Salmo 87.7 ao afirmar: “…Todas as minhas fontes são em ti.”
Jesus não cedeu à tentação de priorizar sua necessidade, porque Sua fonte principal de tudo era Deus. Ele sabia que o próprio Pai não só havia permitido a necessidade, como nEle estava todo o suprimento em tempo certo. Jesus considerou em agradar e centrar em Deus como Sua inecessidade suprema. Essa atitude era mais importante para Ele do que a própria comida. Ele mesmo afirmou em João 4.34: “…A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.”
Quando Deus torna-se o centro maior de tudo o que você deseja, quer e necessita, sua vida realmente se estabiliza. Quando Ele é o motivo de sua plena satisfação, alegria e paz, sua tranquilidade e segurança na vida estão garantidas.
Enquanto você continuar cedendo à tentação de colocar sua necessidade em primeiro lugar – e até exigindo de Deus que ela seja feita – não só a sua frustração aumentará, como também você nunca terá uma experiência pessoal e íntima com Deus. É preciso aprender que o centro de tudo não é você e suas vontades, mas Deus e Sua perfeita vontade, pois ela é “boa, agradável e perfeita.” (Rm 12.2).
Cuidado com suas necessidades!