OLHE SERIAMENTE PARA SI 

OLHE SERIAMENTE PARA SI

Em Mateus 7.3-5 Jesus afirmou o seguinte: “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.”

Vivemos num mundo vulnerável e problemático. Pessoas erram, machucam os outros e a si mesmas. Quando os erros das pessoas se tornam gritantes, elas estão apenas dizendo que precisam de ajuda. E quem poderia ajudar? 

Jesus no texto não está condenando ajudar aqueles que estão em falha. O que Jesus condena é a hipocrisia. Jesus está sendo sério ao dizer que antes de ajudarmos o outro em um problema menor, precisamos estar cientes de que não haja algo maior em nossas vidas. Jesus no texto diz claramente: “Olhe seriamente para si; olhe para seus problemas com seriedade; trate sua vida com vigor e rigor antes de tentar ajudar o outro.” 

É bizarra a ilustração que Jesus dá. Uma pessoa supostamente quer ajudar o outro com um “cisco” no olho, quando tem uma enorme tábua nos seus próprios olhos. É ridículo tentar cuidar do outro quando os seus problemas são gigantes e gritantes. Jesus diz que é importante que ajudemos pessoas feridas, contudo o que qualifica alguém a ajudar o outro é a capacidade de olhar para si e lidar humildemente com os seus próprios erros.

Segundo Jesus, o indivíduo que centra no erro do outro sem olhar primeiramente para si é um HIPÓCRITA. O hipócrita adora o ar da moralidade, da religiosidade e o discurso da ética. Ele sempre está criticando, condenando e julgando outros. Ele é extremamente impiedoso com o próximo, mas muito complacente consigo mesmo. 

Jesus diz: “Olhe seriamente para si; cuide primeiro de você, tire seus empecilhos, veja suas fraquezas, trate-se; porque fazendo assim você terá condições claras para ajudar o outro.”

O seu dever é cuidar primeiro de si. Veja primeiro os seus defeitos e trate-os com sinceridade. Saiba realmente quem você é, confronte-se a si mesmo. Arranque suas máscaras e humilhe-se. Critique a si mesmo; “bata pesado” em si; confronte sua religiosidade. C. S. Lewis afirmou que “De todos os homens maus, os religiosos são os piores.”  

Lembre-se que somos todos fracos e precisamos urgentemente de restauração e apoio. Mas se você tem interesse em cuidar e ajudar outros, comece primeiro consigo. Olhe seriamente para si. Cuide-se!

ENTREGUE TUDO AO SENHOR

ENTREGUE TUDO AO SENHOR

Davi escreveu no Salmo 37.5: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará.”

Davi tinha um lema muito claro quando escreveu o Salmo 37: Não permita que a prosperidade dos ímpios seja uma fonte de aflição para você. Aprenda a esperar no Senhor. 

As aflições da vida, causadas por pessoas difíceis, podem nos levar a agir e reagir de forma errada. Nem sempre é fácil discernir o modo correto de agir, mas podemos nos perder se agirmos por impulso ou deixarmos que a maldade dos outros nos domine. O conselho de Davi é que entreguemos nosso caminho ao Senhor. 

Quando Davi usa o verbo “entregar”, o termo original significa “rolar”, como alguém tira de si um peso, um fardo e o rola no chão. Davi expressa no texto que devemos tirar o peso dos cuidados da vida e colocá-los sobre o Senhor, o que combina muito bem com 1 Pedro 5.7 que diz: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.”

Em um mundo onde o “fazer”, “agir”, “empreender” e “ser ativo” é uma forte ênfase, termos como “entregar”, “descansar”, “depender”, “confiar” e “esperar” no Senhor soa como algo estranho e incompreensível. Mas é isso mesmo que Davi diz. Seu foco é que toda a nossa vida esteja totalmente entregue a Ele.

Há um grande valor diante de Deus quando nos entregamos totalmente e sem reservas a Ele. Ele tem grande prazer em cuidar de nós, seja em qualquer situação que for. 

Entregue seu caminho ao Senhor! Entregue sua vida completamente a Jesus para que Ele se torne o centro e o foco de sua vida. Entregue a Ele o comando de sua vida e deixe que Ele a dirija. Entregue a Ele suas preocupações, desejos, vontades e anseios. Especificamente, entregue seu cônjuge aos cuidados dEle. Entregue seus filhos – que nem seus são, mas dEle – a Ele. Entregue seu patrão, funcionários, empreendimentos e sonhos, a Ele. Entregue tudo ao Senhor, e o resultado será: “…e o mais Ele fará.” Ele fará! Ele fará o que você não pode fazer. Ele fará a Seu tempo e a Seu modo. Ele fará de forma perfeita e maravilhosa. 

Em João 11, Marta e Maria queriam que Jesus curasse seu irmão Lázaro de uma doença. Mas Jesus não o queria curar naquele momento. Jesus queria Lázaro ressuscitado depois de quatro dias como morto. O “fará” de Deus não é do nosso jeito e nem da nossa maneira, mas é sempre do jeito dEle. E o jeito dEle é maior e melhor do que pensamos.

Se você quiser ver o maior e o melhor de Deus, é preciso entregar tudo a Ele e deixar tudo com Ele. Vá contra a onda do ativismo e entregue tudo ao Senhor. 

Spurgeon declarou com simplicidade e profundidade: “Nossa força é ficar quieto.”

A INVEJA

A INVEJA

A inveja é um profundo sentimento de dor pelo sucesso, pelo bem e pela felicidade de outra pessoa, junto com o desejo de ter isso para si.

A inveja é uma das pobrezas e misérias da alma. Quem inveja não descobriu seu espaço no espaço de Deus e ainda não entendeu que o controle da vida, das coisas, das circunstâncias, das pessoas, dos recursos e das habilidades estão todas nas mãos de Deus e dadas por Sua graça a quem quer e como quer.

Pessoas invejosas não somente sofrem pelo sucesso do outro, mas são capazes de fazer outros sofrerem. A dor do invejoso é antes e acima de tudo egoísta, mesquinha e pecaminosa. O invejoso sempre se entristece por não ter o caráter, o carisma, a capacidade ou as condições do outro. Certas são as palavras de João Crisóstomo: “Como a traça corrói uma peça de roupa, assim a inveja consome um homem.” 

A Bíblia deixa bem claro que a inveja é pecado. Em Romanos 13.13 aprendemos: “Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em relações sexuais ilícitas e dissoluções, não em contendas e ciúmes.” Em Gálatas 5.26, Paulo nos exorta: “Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando-nos uns aos outros, tendo inveja uns dos outros.”

Nenhum relacionamento pode ser saudável quando o ciúme e a inveja imperam. Pessoas invejosas intoxicam os relacionamentos. Em Tiago 3.16 lemos: “Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins.” E pior, a inveja não serve para nada. Tiago 4.2 diz: “Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis.” 

As soluções bíblicas e práticas para você abandonar definitivamente a inveja estão listadas em Romanos 11.36. O texto diz: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém.” A inveja pode ser definitivamente abandonada quando você reconhece que Deus é a ORIGEM de tudo o que você tem e é. O texto diz: “Porque dele… são todas as coisas…” Você abandonará a inveja quando você também reconhecer que Deus é o MEIO de tudo o que você tem e é. O texto afirma: “…e por meio dele… são todas as coisas…” Você conseguirá abandonar a inveja quando você reconhecer que Deus é o FIM de tudo o que você tem e é. O texto ainda afirma: “…e para ele são todas as coisas…” E por último, você abandonará definitivamente a inveja quando Deus se tornar o PROPÓSITO final de sua vida. O texto conclui dizendo: “A ele, pois, a glória eternamente. Amém.”

Se a inveja é um problema em sua vida, arrependa-se hoje e peça que o Senhor lhe dê uma nova vida em Cristo, uma profunda gratidão pelo o que você é e tem, e se disponha acima de tudo a servir o outro.

Se você lida com pessoas invejosas, ore por elas, peça sabedoria a Deus para lidar com elas e acima de tudo aplique os princípios de Romanos 12:20,21: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber… Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.”

O CUIDADO DE DEUS

O CUIDADO DE DEUS

Davi afirmou no Salmo 23.1: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará.” O Salmo 23 é um dos mais conhecidos e queridos Salmos. O versículo 1 afirma em poucas e simples palavras que o Senhor cuida do seu povo.

Um dos maiores problemas que nos impede de desfrutar o cuidado de Deus é a ansiedade. A raiz principal da ansiedade é a incredulidade. A incredulidade acusa Deus de insensibilidade e de inércia. A incredulidade diz que Deus não pode, não quer e não deseja cuidar de nossas vidas. A incredulidade chama Deus de mentiroso, e isso é um grave pecado.

O cuidado de Deus para com seu povo é algo real. Em Isaías 41.10 o Senhor dissipa os medos com a certeza de Sua presença e ajuda. Ele diz: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.”

O cuidado de Deus se faz sentir em todas as circunstâncias da vida, mas em especial quando a luta e a dor parecem intermináveis. O Salmo 34.19 afirma que: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.” Paulo diante de sua grande tribulação sentiu de perto o cuidado de Deus. Em 2 Coríntios 12.9 Deus disse a ele diante de sua dor: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza…”

O cuidado de Deus também se manifesta através da direção para a vida. Deus afirma no Salmo 32.8: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.” Muitos propõem seus caminhos e querem que Deus os aprove. Mas não é assim que Ele age. Deus tem os Seus próprios e melhores caminhos e devemos nos adequar a eles.

O cuidado de Deus também é visto no fato de que Ele está terminantemente comprometido com o bem-estar de Seu povo. Romanos 8.31 declara: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Romanos 8 é basicamente o coração do Novo Testamento. As verdades nesse capítulo apontam que Deus em Cristo está no controle da história do Seu povo. Essa história segue Seu plano no passado, que é executado no presente e será concluído em um glorioso futuro. Tentar apenas ver o cuidado de Deus no momento presente é perder a visão ampla do todo. Deus é sempre pelo Seu povo e nada e ninguém poderá frustrar esse plano e cuidado.

O cuidado de Deus também é visto pela forma como Ele usa as pessoas ao nosso redor. Em Romanos 16.13 Paulo diz o seguinte: “Saudai Rufo, eleito no Senhor, e igualmente a sua mãe, que também tem sido mãe para mim.” Assim como Paulo, Deus usa pessoas para cuidar física e emocionalmente de cada um de nós.

Deus é um cuidador fiel, mas você precisa crer e viver essa verdade em sua vida. É sua responsabilidade descansar no cuidado dEle. Faça do Salmo 28.7 suas palavras e estilo de vida: “O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei.”

O HIPÓCRITA

O HIPÓCRITA

Jesus lidou com muita gente e com diversos pecados em seu ministério, mas o que mais o indignava era o comportamento do hipócrita. Jesus não suportava pessoas que apresentavam ser o que não eram. Boa parte de Mateus 23 é dedicado a combater o comportamento hipócrita. A todos eles Jesus disse com veemência em Mateus 23.13: “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas…”

O hipócrita confunde as pessoas. Ele pode estar até dizendo algo certo, mas o comportamento ou a intenção dele não são coerentes. Em um episódio bíblico, o apóstolo Paulo, em Gálatas 2.12-14, percebeu claramente a hipocrisia na vida de Pedro e o confrontou. Paulo diz no texto: “Pois, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele (Pedro) comia com os gentios. Quando, porém, eles chegaram, afastou-se e separou-se dos gentios, temendo os que eram da circuncisão. Os demais judeus também se uniram a ele nessa hipocrisia, de modo que até Barnabé se deixou levar. Quando vi que não estavam andando de acordo com a verdade do evangelho, declarei a Pedro, diante de todos: Você é judeu, mas vive como gentio e não como judeu. Portanto, como pode obrigar gentios a viverem como judeus?”

A hipocrisia é algo sério e perigoso. Ela não é uma doença, mas é um hábito pecaminoso no caráter. Ela nasce e persevera por sua associação direta com a mentira e a falsidade, dando luz ao engano público por meio de palavras e ações, gerando algo pior e destrutivo: o autoengano.

Comumente os hipócritas demoram a ver sua hipocrisia porque são alimentados pelo orgulho. O orgulho cria uma barreira para que eles mesmos se confrontem.

O hipócrita sempre corre risco. Judas, por exemplo, o traidor, era um grande hipócrita. Ele via no relacionamento com Jesus uma grande oportunidade pessoal. Ele O traiu. Quando Judas enxergou o erro cometido foi tomado de remorso e se suicidou. Em Atos 5, Ananias e Safira morreram disciplinados por Deus ao tentarem alimentar um comportamento hipócrita no meio da igreja recém-nascida.

Não é hipócrita aquele que não vive de forma perfeita. Hipócrita é aquele que não vive de forma séria e humilde. Todos, sem exceção estamos lidando com pecados e lutas na vida; todos precisamos da graça de Deus. Mas o hipócrita esconde seus erros enquanto arroga ser uma referência para outros.

O hipócrita aparenta ser o que não é. Ele sempre estabelece sua postura como um padrão para os demais. Ele valoriza mais as atitudes externas do que a verdade íntima no ser. Ele tenta impressionar outros por meio de palavras bonitas, impostadas, religiosas e éticas. Ele ama estabelecer regras para manter o controle e as impõe aos outros, e pouco a si. Ele manipula pessoas para fins pessoais. Ele é invejoso e cínico. Ele nada mais é do que alguém inseguro que está fazendo um mal a si mesmo, ao próximo e desonrando a Deus. Frederick W. Robertson destemidamente afirmou: “Há três coisas no mundo que não merecem misericórdia: a hipocrisia, a corrupção e a tirania.”

Enquanto o hipócrita insistir em seus caminhos, em seus pecados, e continuar se convencendo e acreditando em sua forma mentirosa de viver, o que lhe resta será a dor, sofrimento, descrédito, afastamento das pessoas e a disciplina de Deus.

Que todos levemos a sério as palavras de Jesus: “Ai de vocês… hipócritas.”

ORAÇÃO E A FÉ

ORAÇÃO E A FÉ

Jesus afirmou em João 15.7: “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.”

O termo “permanecer” em Jesus significa manter-se ligado nEle e acreditar plenamente em quem Ele é e o que Ele diz. “Permanecer” significa deixar-se deslumbrar por toda a Palavra e a pessoa de Jesus. Assim, quem está totalmente centrado nEle e em Sua Palavra confia, naturalmente ora; pede algo a Ele. A expressão natural da fé é a oração. A oração é o exercício e a prática da fé.

A falta de oração na vida não é um problema de disciplina. A raiz do problema é a falta de fé. A oração está ligada a fé. Quando a fé está despertada e crescendo em cada um de nós, a oração nunca se torna um fardo ou uma obrigação.

Quando a vida de oração se torna um exercício superficial, pesado, fraco, chato e talvez fútil, o problema não é a oração, mas a fé. Quando se corrige a fé, a oração naturalmente flui.

Para corrigirmos a fé é preciso primeiramente voltar a refletir, pensar e lembrar de Deus. É preciso trazer à memória a fidelidade de Deus. É preciso voltar a lembrar das ações de Deus no passado. É preciso ler e reler as histórias de Deus para com Noé, Abraão, Isaque, Jacó, José, Samuel, Davi, os profetas, o Senhor Jesus, os apóstolos e tantos outros na Bíblia. A reflexão em Deus é o combustível da fé. Jeremias afirmou em Lamentações 3.21-23: “Lembro-me também do que pode dar-me esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!” A fé aquece quando a mente volta a focar em quem Deus é. A oração é algo natural para todo aquele que decidiu centrar-se em Deus.

A fé também é corrigida quando voltamos para as promessas da Palavra de Deus. Todos, vez por outra, somos abatidos por medos, dúvidas, desapontamentos, amarguras e pecados. Tudo isso tende a tirar nossos olhos de Deus e enfraquece nossa fé. Contudo, somente a Palavra de Deus nos fortalece no medo, esclarece nas dúvidas, consola nos desapontamentos, tira-nos da amargura, confronta o pecado e consola no arrependimento. Quando a fé é avivada nas promessas de Deus, a vida de oração volta a florescer.

A fé também é corrigida quando se arrepende da incredulidade. A falta de fé desonra a Deus porque a Palavra de Deus é verdadeira. Provérbios 30.5 afirma: “Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; Ele é um escudo para quem nele se refugia.” Assim, a falta de fé é pecado. Mas Deus quer nos ajudar em nossa incredulidade, transformando-a em crença. Foi assim que Jesus agiu para com Tomé, ao dizer em João 20.27: “…Pare de duvidar e creia.” Sem confissão da incredulidade a oração não pode subsistir.

Lembre-se sempre que o problema da oração está na fé. Se você alimentar sua fé, você terá uma vida de oração vibrante, porque a oração é o principal exercício da fé.

PEÇA AJUDA A DEUS

PEÇA AJUDA A DEUS

Em Isaías 50.7 o profeta declara: “Mas eu não me sinto envergonhado, pois o SENHOR Deus me ajuda. Por isso, eu fico firme como uma rocha e sei que não serei humilhado.”

O texto não afirma o que estava trazendo vergonha ao profeta, mas o certo é que alguém ou algo estava lhe trazendo constrangimento. Diante do sentimento de vergonha, desprezo e humilhação pública, ao invés dele se consumir de raiva ou ira, ou ainda brigar ou tentar se defender, Isaías buscou ao Senhor e dEle recebeu a ajuda que precisava.

O profeta não fixou sua energia naquilo que lhe causava vergonha e nem na própria vergonha. Ele decidiu pedir ajuda a Deus. Ele decidiu contar a Deus o que se passava e procurar nEle auxílio para sua alma.

Ao agir assim, Isaías se fortaleceu. O profeta decidiu não se fortalecer em si mesmo, ou na expectativa da retirada do problema que o envergonhava. Ele apenas e simplesmente decidiu levar sua causa totalmente a Deus. Ainda que supostamente ele continuava debaixo da humilhação, ele afirmou: “não serei humilhado.”

Infelizmente nossa primeira atitude diante de um problema não é buscar a Deus em oração pedindo sua ajuda, força, orientação e conselho. Diante dos problemas naturalmente abrimos um leque de opções mentais para procurar e dar solução ao problema.

Essa atitude revela o quanto continuamos ainda centrados em nós mesmos, dependendo de nós mesmos e de nossa fútil sabedoria. Insistimos em esgotar primeiramente todos os nossos recursos pessoais para depois, cansados, decidirmos se vamos ou não para Deus.

O centro do problema de nossas vidas é que somos autossuficientes demais. Acreditamos que temos as soluções e respostas para tudo. Lá no fundo acreditamos que há um potencial em nós para resolver tudo. Puro engano! Segundo a Bíblia, essa nossa autossuficiência é que nos impede de ver grandes coisas de Deus.

Precisamos aprender que Deus tem uma grande alegria em trabalhar em nosso favor. Ele tem prazer em fazer algo por nós. Em Isaías 64.4 o profeta afirma: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.”

Nossa responsabilidade final é nos entregar e esperar nEle. Sobre “esperar em Deus”, o Dr. John Piper escreveu: “Esperar! Isso significa parar e conscientizar-se com sobriedade de nossa incompetência e da completa suficiência de Deus, e buscar conselho e ajuda do Senhor…”

Diante da dor da vergonha, Isaías não se deixou consumir, antes decidiu pedir ajuda de Deus e dEle depender. O profeta aprendeu claramente o que significa as palavras de Jesus em João 15.5: “…sem mim nada podeis fazer…”

Diante dessas verdades, não tema em pedir ajuda a Deus. Não perca seu tempo confiando em si ou em outros. Aprenda e aplique hoje as verdades do Salmo 62.5, que diz: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança.”

DEUS ESTÁ NO CONTROLE

DEUS ESTÁ NO CONTROLE

Em Isaías 45.7 lemos: “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.” Isaías 46.10 afirma: “Que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.” O que esses dois versículos declaram? Eles expõem categoricamente que Deus é soberano e que está no controle de tudo e todos. 

Em um mundo, onde o ser humano acredita ser ele o centro de tudo, o ensino sobre um Deus soberano que está no controle de todas as pessoas e circunstâncias, não somente choca, mas chega a despertar sentimentos vis. A isso Charles Spurgeon declarou: “Nenhuma doutrina em toda a Palavra de Deus tem inflamado mais o ódio da humanidade do que a verdade absoluta de que Deus é soberano. O fato de que ‘o Senhor reina’ é indiscutível, e é esse fato que suscita a maior oposição no coração humano.” 

A “soberania de Deus” é definida na Bíblia como Seu completo, total e independente controle sobre cada criatura, evento e circunstância em cada momento da história. Davi declarou em 1 Crônicas 29.11,12: “Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.” 

A “soberania de Deus” implica que Ele não é influenciado por algo ou por alguém. Isso significa dizer que Ele é absolutamente independente, e faz tudo como lhe agrada. Davi afirmou no Salmo 115.3: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” Deus sempre está no controle de tudo, do menor ao maior no universo. Tudo o que ocorre é causado ou permitido por Ele tendo como fim os Seus próprios e perfeitos propósitos. Mas é preciso esforço diligente e cotidiano para conhecer esse Deus que controla tudo. Daniel 11.32 declara: “…mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo.”

Conhecer a Deus é o maior desafio de cada ser humano. J. I. Packer nos aconselha: “…O estudo apropriado ao cristão é a divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus… Nada é melhor para o desenvolvimento da mente que contemplar a divindade… Você quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se de seus cuidados? Então, vá, atire-se no mais profundo mar da divindade; perca-se na sua imensidão, e sairá dele completamente descansado, reanimado e revigorado. Não conheço coisa que possa confortar mais a alma, acalmar as ondas da tristeza e da mágoa, pacificar os ventos da provação que a meditação piedosa a respeito da divindade.”

Haverá sempre alegria, confiança, paz, tranquilidade, conforto e alívio de todos os medos do presente e do futuro quando seu coração estiver plenamente descansado nesse Deus que soberanamente reina e controla tudo e todos.

“SE O SENHOR QUISER”

“SE O SENHOR QUISER”

A natureza humana possui a tendência em planejar a vida e confiar no seu próprio potencial, desconsiderando Deus e Sua perfeita e amorosa vontade. O mundo atual tem um nome para tudo isso: “O desenvolvimento do potencial humano”. 

Na verdade, o “potencial humano” é a nova onda, onde o centro de tudo é o homem; onde a ênfase é o “eu” e o “meu”. O alvo final dessa ideologia visa afirmar que o homem tudo é e tudo pode.

O “potencial humano” diz que o mais importante na vida é ser efetivo, obter conquistas (profissionais, status social, financeiros, etc.), ter e desfrutar de oportunidades. Pessoas captadas pelo potencial humano acreditam que são, podem e que ninguém lhes poderá impedir. 

Tudo isso é muito estranho quando diante da profunda advertência em Tiago 4.13-15 que diz o seguinte: “Atendei, agora, vocês que dizem: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vocês não sabem o que sucederá amanhã. Que é a vida de vocês? Vocês são apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, vocês deviam dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo.”

Tiago nos diz que já há 2000 anos atrás as pessoas estavam focando em seu potencial e agindo de forma empreendedora sem buscar a Deus e Sua vontade quanto à vida.

O texto aponta para decisões calculistas: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali…” O texto também aponta para decisões materialistas: “faremos negócios e ganharemos dinheiro.”

O texto também mostra dois grandes problemas. O primeiro é que não se pode controlar o futuro. O texto diz: “Vocês não sabem o que sucederá amanhã…” Nada sabemos sobre o amanhã. Ninguém tem controle de nada.

O segundo problema é que a vida é muito frágil e passageira: “O que é a vida de vocês? Vocês são apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Jesus declarou a fragilidade humana ao afirmar em Mateus 6.27: “Qual de vocês, por ansioso que esteja, pode acrescentar uns 46 centímetros ao curso da sua vida?”

Que potencial o homem tem quando vê seus planos irem embora sejam por má administração, erros estratégicos ou pela maldade de uma outra pessoa? Que potencial o homem tem quando se depara com a saúde debilitada, com um acidente inesperado ou com a morte? Somos incapazes e extremamente frágeis; isso nos chocam como seres humanos. E o que fazer?

Tiago afirma no versículo 15: “Ao invés disso vocês deveriam dizer: ‘Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo.” A resposta à incapacidade e à fragilidade humana é buscar a Deus e Sua plena vontade e humildemente dizer: “SE O SENHOR QUISER”.

O que diferencia os seres humanos é como eles interpretam Deus em suas vidas. Aqueles que creem na finitude humana e rendem-se à soberania, poder, majestade e grandeza de Deus, equalizam a vida. Nabucodonosor, o governante mais importante do mundo de cerca de três milênios atrás, afirmou sobre Deus o seguinte: “…segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa lhe deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel 4.35).

A verdade é bem simples: ou nos rendemos à “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, ou Deus mesmo nos entrega à nossa própria vontade. Ou insistimos na vaidade do “potencial humano”, ou nos alegramos em dizer: “se o Senhor quiser”.

A escolha definirá a forma como lidaremos com a vida hoje e seus resultados na eternidade.

UMA VIDA INTERIOR RESTAURADA

UMA VIDA INTERIOR RESTAURADA

Davi afirmou no Salmo 19.7: “A Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma.”
Devemos estar bem conscientes de que nem sempre o dia de hoje será melhor do que o dia de ontem. Todos sabemos que na vida por vezes nos sentimos tristes, deprimidos e chateados, e precisamos de restauração. Daí aprendemos que nem sempre estamos numa alegria constante. Teremos dias ruins quando a alma precisa de algo novo; precisa de uma restauração.

Davi, no texto e por experiência, afirma que sua vida foi restaurada. O meio para restauração da sua alma foi a “lei do Senhor”. A palavra “lei” significa “ensino”. Esse “ensino” tem uma fonte. Davi diz que a fonte desse ensino é o “Senhor”. Davi refere-se à “lei de Deus”, à “instrução Divina”, ao “ensino de Deus”, ou seja, a própria Palavra de Deus.

A “Lei do Senhor” é o Deus Criador ensinando Suas criaturas. Ela é a “Divina Instrução” para a conduta do homem. Ela é completa quanto a explanação da vontade de Deus ao homem. Ela é o “manual do fabricante”. A Palavra de Deus é o manual do Criador para o funcionamento da humanidade. Ela é o meio pelo qual Ele mesmo apresenta os princípios para que qualquer ser humano viva bem conforme Ele mesmo planejou.

Se o homem quiser saber quem é Deus e o que Ele deseja, tem que ler, estudar e ouvir a Bíblia. É nela e por ela que Ele revela sua vontade. Se o homem quiser alcançar os objetivos de Deus ele precisa se voltar para a Bíblia. Se quiser receber as completas bênçãos de Deus ele precisa se aprofundar em suas instruções e obedecê-la.

Deus usa Sua palavra para restaurar nossas vidas porque ela é “perfeita”. A palavra “perfeita” no texto não faz um contraste com o “imperfeito”, mas com o “incompleto”. A ideia é que a Palavra de Deus é totalmente completa e por isso é “perfeita” para lidar com todos os assuntos essenciais para o relacionamento com Deus, consigo mesmo e com as pessoas.

Não existe nada para a vida em que a Palavra de Deus esteja desatualizada. Ela é abrangente e responde a tudo o que precisamos saber e entender para viver bem.
Ela é apta e pronta para nos ensinar a viver como Deus planejou que vivêssemos. Não há necessidade de ir para outras fontes com o fim de achar a vida; ela é e está completa.

Por causa de sua origem e de sua essência, a Palavra de Deus traz seus benefícios. Um deles é que ela “restaura a alma”. O verbo “restaurar” no texto significa “reviver”, “refrescar”, “converter”. Esse é o poder transformador da Palavra de Deus em nós. Ela é capaz de “reviver”, “restaurar” e “converter” “a alma” de qualquer pessoa. O termo usado para “alma” no texto significa a “pessoa interior”, ou seja, tudo aquilo que está por dentro de cada um de nós.
Assim, a Palavra de Deus, de onde se tem o ensino do próprio Deus e por onde Ele nos fala, é totalmente completa em tudo o que precisamos e poderosamente capaz de colocar em ordem nossa vida interior.

Você só não experimentará a restauração e o reviver de sua vida interior caso opte por outras fontes e despreze a Palavra de Deus.

Os efeitos de 3.000 anos atrás na vida de Davi podem ser o seu hoje e agora. Experimente e você verá que “a Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma.”

O MAIOR NO REINO DOS CÉUS

O MAIOR NO REINO DOS CÉUS

Em Mateus 18.1-4 há algo muito interessante no ministério de Jesus. O texto diz: “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” 

Jesus nesse texto intenta atingir profundamente o coração de seus discípulos, isso porque eles estavam preocupados com a questão da grandeza. Eles fazem a pergunta “quem é o maior no reino dos céus?”, pensando que de alguma forma Jesus escolheria um deles para ser o maior. Eles queriam saber quem ocuparia o mais alto cargo de administração quando Jesus estabelecesse Seu reino. Eles apenas imaginavam um reino temporal do Messias, onde Ele mesmo, Jesus, concederia os espaços administrativos. Eles sonhavam com uma distribuição de honras; eles pensavam apenas em uma monarquia mundana. 

Jesus ao saber da intenção deles poderia apenas ter dito que Ele era o maior no reino. Mas não, Ele foi adiante. Ele sabiamente chamou uma criança e por meio dela apresentou o modelo dos principais, dos maiores no reino. Jesus apontou para a natureza da criança. Primeiro, que quando Ele chamou a criança ela veio voluntariamente e de bom grado. Segundo, ao apresentar a criança, os discípulos sabiam que as crianças de forma geral eram consideradas como propriedades e não como indivíduos; ninguém lhes dava valor. Terceiro, a criança com simplicidade e humildade torna-se o padrão da grandeza diante de Deus. Se alguém quer ser grande no reino de Deus, que se torne criança. Jesus deixa claro que o reino e sua grandeza tem princípios e valores diferentes. 

Ninguém poderá pertencer ao reino de Deus enquanto achar-se importante demais. É preciso atender ao chamado de Jesus e vir até Ele de bom grado, deixando para lá o que se acha que é, tem ou se tornou. 

Ninguém poderá pertencer também ao reino de Deus enquanto se achar no poder e no controle das coisas. Uma criança não controla, não ameaça e não tem poder sobre nada. Prepotentes, arrogantes, soberbos, jactanciosos e altivos nunca terão espaço no reino de Deus.

Segundo Jesus, ninguém poderá pertencer ao reino de Deus enquanto não enxergar sua fragilidade. Uma criança precisa de segurança; ela tem medo. Ela sabe que precisa desesperadamente que alguém segure sua mão num beco escuro ou diante de um desconhecido. Quem se acha forte demais não estará no reino de Deus. 

Jesus admite o fato de que ninguém poderá pertencer ao reino de Deus enquanto continuar na hipocrisia. As crianças não são boas em enganar. Elas são bastante miseráveis e fracassam sempre em enganar seus pais. Quem continua tentando esconder de Deus seus erros e pecados, nunca entrará no reino de Deus. 

Jesus sabia que devemos nos converter em uma criancinha, e o meio para isso é nos humilharmos, ou seja, deixarmos de ser adultos. No reino de Deus o único adulto é o próprio Senhor Jesus. Ele sabe onde nos levar, onde nos conduzir e como nos orientar. Não há espaço no reino de Deus para adultos, só para crianças, e essas são as que se humilham diante dEle. 

Pergunta: Você já se tornou uma criança? Sua resposta diz se você está no reino de Deus ou não.
 

SEGUIR A JESUS

SEGUIR A JESUS

Em Lucas 9.57,58 Jesus e seus discípulos estavam caminhando quando de repente surgiu uma pessoa e disse a Ele: “…Seguir-te-ei para onde quer que fores. Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” 

No texto, Jesus não condena e nem discute quanto a ousadia, sensibilidade, ânimo ou a disponibilidade dessa pessoa. A resposta de Jesus apenas revelou as suas intensões e motivações. Essa pessoa busca em Jesus apenas conforto e segurança pessoal.

Quando Jesus compara o Seu modo de vida com as raposas e as aves, Ele apenas aponta que Sua missão de vida era mais importante do que a própria vida. Para Jesus, manter-se na missão da vida conforme o Pai Lhe dera, era mais importante do que o conforto e segurança da vida. 

Segundo Jesus, qualquer pessoa que se propõe a segui-Lo precisa estar também plenamente disposta a incorporar a missão. A missão de Jesus passa a ser a missão de seus seguidores. Seus verdadeiros seguidores não podem segui-Lo pensando em objetivos pessoais. Quem vem a Jesus simplesmente pensando em resolver problemas existenciais, realmente não entendeu a missão. 

Seguir a Jesus exige compromisso total com Ele. Exige fazer dEle o centro da vida. Exige ter nEle a razão da própria vida. Exige viver para Ele e seus propósitos de forma consciente e focada. Paulo entendeu isso de uma maneira tão clara que afirmou em Filipenses 1.20: “Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte.” 

Não existe seguir a Jesus sem se render totalmente a Ele. Essa é uma entrega da vontade. É uma entrega sem discutir ou racionalizar. Em Lucas 9.23-25 temos o teor da entrega nos parâmetros de Jesus. Ele diz: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?”

Se você realmente pensa em seguir a Jesus, é bom pesar as consequências dessa decisão. A principal delas é de âmbito pessoal. Ao considerar seguir a Jesus nos seus parâmetros uma crise se instaurará em sua vida. Essa crise vem porque você precisa decidir continuar vivendo do seu jeito ou se entregar totalmente a Ele; da forma e do jeito dEle.

Uma das reações daquela pessoa ao ouvir as palavras de Jesus foi decepção. Isso porque suas expectativas estavam no âmbito pessoal de conforto e segurança. Mas seguir a Jesus é algo muito diferente; significa negar-se a si mesmo, todos os dias tomar a sua cruz e segui-Lo sem olhar para atrás e para mais ninguém.

Você está disposto a seguir a Jesus nesses parâmetros?

RESISTA AO DESÂNIMO

RESISTA AO DESÂNIMO

O trabalho de um escultor é muito árduo. Para que a escultura saia ele precisa escolher a pedra certa e então começar o trabalho com o cinzel e o martelo. Enquanto desbasta, o excesso de pedra vai caindo revelando arte. Mas para fazer que a bela obra de arte saia, ele precisa continuar batendo e desbastando. Obras de arte dão trabalho, mas o seu final é recompensador se o escultor não desanimar.

Paulo afirmou em Gálatas 6.9: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.”

Constantemente temos que lidar com o desânimo. Muitas coisas trabalham para nos impedir de ir adiante; para nos fazer parar. O principal segredo para lidar com o desânimo é resistir a ele. Paulo afirmou: “…não nos cansemos…”

Por vezes você se cansa de fazer o que é certo e direito; você se cansa de fazer bem a sua parte; você se cansa da rotina; você se cansa de lidar com suas responsabilidades. Por vezes você se cansa com aquilo que sabe que precisa fazer. Quando você desanima, você se torna ineficaz. O desânimo é um veneno para a vida.

O desânimo é poderoso e letal; ele sempre nos acua, nos silencia e tem seus aliados. O desânimo é sempre um forte aliado dos fracassos na vida, do mau humor quando as coisas não saem do jeito planejado, da frustração e da reclamação. Quando você reage às circunstâncias da vida de forma errada, o desânimo lhe dominará.

Mas é preciso resistir ao desânimo da forma certa. É preciso parar de ouvir a voz do desânimo que diz: “isso não vai dar certo…” É preciso ouvir a voz da fé que afirma: “Deus me ajudará; Deus me dará força e sabedoria para fazer; Deus fará um milagre; Deus está ao meu lado; Deus abrirá uma porta.”

Grandes pessoas não são extraordinárias em si mesmas ou nasceram “cheias de luz”. Grandes pessoas se tornaram grandes porque elas determinaram em olhar para Deus e para Seu poder; elas decidiram centrar em Deus e não ceder ao desânimo.

Resista hoje ao desânimo. Resolva seguir o santo conselho de Paulo: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.”

NÃO SE PERCA!

NÃO SE PERCA!

Quando as dores rondam nossas vidas temos a tendência natural de perguntar: “Por que tudo isso está acontecendo comigo?” “Onde está Deus que permite tudo isso?” 

Somos livres para perguntar o que quisermos, mas nem sempre teremos imediatamente as respostas. A primeira coisa que devemos fazer quando qualquer problema chegar à nossa vida, é orar. 

Devemos orar porque a oração nos faz realistas. Ela nos ajuda a não fugir e nem fingir. A oração diz que o problema realmente existe, que não temos controle, mas que ele não tem a palavra final. A palavra final de tudo está com Deus.

Quando oramos a Deus, recebemos sempre dEle a resposta. Nem sempre ela vem como queremos, mas ela chega. O salmista orou no Salmo 4. No versículo 1 ele ora: “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça; na angústia, me tens aliviado; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração.” No versículo 3 ele afirma: “…o Senhor me ouve quando eu clamo por ele.” Deus sempre responde as orações.

Deus sempre deve receber de cada um de nós toda a glória e louvor. Se o problema for resolvido segundo nossos desejos: Ele deve ser glorificado. Se o problema não for resolvido segundo desejamos: Ele também deve receber a glória. 

Você pode se perguntar: “Mas por que devo dar glórias a Deus se a resposta não veio como eu desejava?”

Quando abrimos a Bíblia, Deus tem planejado e permitido todas as coisas. No seu plano perfeito “todas as coisas” incluem as coisas ruins. Ele permite tudo dentro de Seu plano devido a sua infinita sabedoria e vontade. Ele pode solucionar qualquer problema ou usá-lo para algo maior, cumprindo assim Seus propósitos. Ele recebe a glória porque tudo está sendo feito conforme Sua perfeita e maravilhosa vontade. 

O livro de Jó demonstra claramente essas verdades. Satanás, o aparente agente dos problemas, dores e males em Jó, nada mais era do que um instrumento no plano maior dos propósitos de Deus em Jó. 

Jó em seu livro sempre atribuiu a Deus, e não a Satanás a realidade de sua vida. Em Jó 2.10 ele diz ao argumentar com sua esposa: “…temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” No final do livro, em Jó 42.11 o texto diz que seus parentes vieram “…e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado…” 

Jó, por fim reconhece e dá glória a Deus, pelo fato de entender que Ele estava moldando e montando sua história. Ele entendeu que havia um propósito maior e mais profundo em tudo o que se passou. Em Jó 42.2, ele afirma: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.” 

Deus recebeu a glória na história de Jó. E sua história termina assim em Jó 42.12: “Assim, abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro…”, confirmando assim as palavras de Eclesiastes 7.8 que diz: “Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio…”

Se você não crer que Deus está soberanamente no controle de tudo, e o que ocorre em sua vida foi planejado por esse Deus amoroso e sábio, cujos propósitos são maiores e melhores e que é digno de toda glória, você com certeza se consumirá em dor e amargor; e o pior, você certamente se perderá durante os dias de sua vida.

Confie que Deus está no controle de tudo! Não se perca!

SUFICIENTE GRAÇA

SUFICIENTE GRAÇA

Paulo afirmou em 2 Coríntios 12.9: “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”

Paulo no meio de sua crise, a qual ele chama de “espinho na carne”, pede ao Senhor por três vezes que o tire. Paulo, como todos nós, em meio às dores, queria não só alívio, mas uma solução definitiva. Contudo a resposta de Deus a ele foi surpreendente. Deus não o tirou da crise, mas deu-lhe Sua graça.

Deus dispensou a Paulo Sua suficiente graça. E o que isso significa? Significa que Deus deu a ele a certeza plena de Sua presença e Seu poder no meio da crise. É como se Deus dissesse: “Paulo, eu envio a graça que você precisa; te envio a minha força; estou contigo, porque eu não sou só o Deus da graça, mas sou a própria graça. Receba de mim a força e o poder para lidar com suas dores. Eu te envio a mim mesmo. E isso é o suficiente para você.”

Essa realidade vivida por Paulo é tudo o que precisamos. Tudo o que é necessário para a vida vem da intimidade plena com Deus. Não importa o que enfrentamos; Ele é a resposta completa. Deus quer que saibamos que Sua graça é suficiente para lidar com qualquer crise da vida.

A graça suficiente de Deus é uma promessa para cada um que se achegue a Ele. Ninguém ficará desamparado quando O buscar. Ninguém também ficará desesperado, porque Sua suficiente graça acalma e pacifica a alma.

A graça suficiente vem para uma habitação completa. Deus não apenas nos dá o que precisamos e depois vai para outro lugar com o fim de resolver o problema de outras pessoas. Não! Sua graça suficiente vem para ficar. Em Hebreus 13.5,6 é afirmado: “…porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei…”

A suficiente graça de Deus “se aperfeiçoa na fraqueza”. A palavra “aperfeiçoa” no original grego significa “realizar”, “concluir”. O que Paulo quer dizer é que Deus entra completando poderosamente algo indizível na vida daquele que está em crise. Enquanto apresentamos nossa dor e fraqueza, Ele se apresenta com Seu poder.

O certo é que a suficiente graça de Deus nunca age na vida daqueles que não reconhecem e percebem suas fraquezas. Sem o reconhecimento da necessidade de Deus, ninguém nunca O verá agindo. Deus somente torna-se o tudo para aqueles que reconhecem que não possuem mais nada.

Assim, não se engane tentando se relacionar com Deus na base do que Ele fará para você dentro de suas próprias expectativas; isso lhe trará decepção e frustração. Deus nem sempre tirará os espinhos de sua vida. Jesus afirmou categoricamente em João 16.33: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”

Sendo Deus a suficiente graça que você precisa, a certeza é que Ele estará com você a cada passo do caminho. Ele é um amigo presente e fiel. Diante da fraqueza e dor, Ele estará ali. Sua voz dirá a você: “A minha graça te basta.” Entendendo isso, com certeza você dirá as mesmas palavras de Paulo: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”

Sua suficiente graça é o que você precisa, e isso basta.

DEUS É BOM!

DEUS É BOM!

Quando as coisas estão indo bem, é difícil pensar ou desacreditar que Deus é bom. Mas se a vida toma um rumo ruim, e algo devastador acontece, a primeira pergunta é: “Como poderia um Deus bom permitir isso?”

A Bíblia deixa claro que desde que o pecado entrou no mundo, as coisas ruins acontecem. Num mundo caído, marcado pelo pecado, deliberadamente distante e rebelde de Deus, a pergunta deveria ser outra: “por que tantas coisas boas acontecem num mundo de gente tão ruim?” A surpresa deveria ser que o bom Deus ainda age nessa terra que O despreza.

“Deus é bom”! Esse é um coro que ecoa em toda a Bíblia. O Salmo 25.8 afirma: “Bom e justo é o Senhor…” O Salmo 107.1 exorta: “Deem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre.” O Salmo 119.68 diz: “Tu és bom, e o que fazes é bom; ensina-me os teus decretos.” 

Deus é bondoso para com todos os seres humanos. O Salmo 145.9 ensina: “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas.” A bondade de Deus não leva em conta a forma indigna como muitos O tratam. Deus demonstra Sua bondade trazendo, por exemplo, a chuva sobre os justos e injustos, como Jesus ensinou em Mateus 5.45.

O Salmo 34.8 afirma: “Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia!” O salmista faz um convite pessoal para que se prove e veja a bondade de Deus. Ele nos ensina a ver que Deus, por Sua bondade, traz livramento aos temores e tribulações da vida. Por sua bondade, Deus escuta cada oração, cada súplica. Ele não está alheio à dor. E todos aqueles que O buscarem verão Sua bondade e ficarão felizes. Em Naum 1.7 o profeta declara: “O SENHOR é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam.”

Deus, por Sua bondade está trabalhando em sua vida e circunstâncias. Talvez você nem esteja vendo ou percebendo. Ele faz com que todas as coisas cooperem para seu bem, conforme o ensino do apóstolo Paulo em Romanos 8.28. O segredo é não permitir jamais que vozes ocultas destruam o conceito da bondade de Deus. É preciso crer e dizer sempre: “Deus é bom”.

Alegre-se hoje na certeza de que Deus é bom. A. B. Simpson afirmou: “Comece a se alegrar no Senhor, e os seus ossos ficarão verdes como a erva tenra, e seu rosto brilhará como a flor em seu frescor… A alegria em Deus é bálsamo e cura. Se você se alegrar em Deus, Ele lhe dará vida e poder.”

Olhe para Deus! Confie em Deus! Creia pela fé que Deus é sempre bom.

UM TEMPO DIÁRIO COM A PALAVRA DE DEUS

UM TEMPO DIÁRIO COM A PALAVRA DE DEUS

O Salmo 1.1,2 apresenta o perfil de uma pessoa justa. Ela é apresentada como alguém feliz pelo simples fato de que “não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na LEI DO SENHOR, e na sua LEI medita de dia e de noite.”

O justo é alguém diferente. Ele não só não se associa com os que não temem a Deus, mas antes tem o seu “prazer na lei do Senhor”. A palavra “prazer” significa “deleite”, “satisfação”. Ler, estudar, meditar e ouvir a Palavra de Deus não é um peso para ele; é um prazer e alegria.

O justo ama a Palavra de Deus. O Salmista nos diz no Salmo 119.97: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” No versículo 103 ele ainda diz: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca.”

Dizer-se “ser de Deus” e não separar tempo para ler, meditar e ouvir a Palavra de Deus, é uma brutal incoerência. É por meio dela que se ganha esperança, ânimo, força e discernimento. Por ela se aprende como se pode viver na perspectiva e interesse de Deus. Por ela se afina o ouvido para entender e viver a verdade. Por ela se previne dos enganos e erros. Por ela se torna sábio, diligente, inteligente, prudente, íntegro e seguro nessa vida.

Não fique esperando o próximo culto, a próxima mensagem, o próximo estudo ou o próximo professor para que você tenha uma experiência espiritual. Não espere por ninguém! Vá e beba diretamente da fonte da Palavra de Deus. Assuma a responsabilidade final pelo seu aprendizado, crescimento e intimidade com Deus. 

Faça parte de uma elite dos seguidores de Jesus, aqueles que diariamente leem, meditam, estudam, confiam, defendem e acima de tudo, praticam e obedecem a Palavra de Deus.

Leia a sua Bíblia nesse ano! Mantenha-se disciplinado, persistente, focado e dedicado na leitura da Bíblia. Leia 3 capítulos por dia e 5 aos domingos e você lerá a Bíblia em um ano. Faça-a através da versão impressa ou dos diversos aplicativos para celular e tablets. Leia como, e quando quiser, mas leia a Bíblia!

Lendo a Bíblia você se manterá diariamente atualizado com a mente de Deus, saberá lidar com a realidade da sua vida e servirá outras pessoas. Chip Ingram afirmou: “Ao passar tempo com a Palavra de Deus você entenderá o amor de Deus e o Espírito Santo criará em você novos desejos para amar e servir os outros como nunca antes em sua vida.” 

Lembre-se: seu tempo diário com a Palavra lhe dará uma nova perspectiva da vida, e por causa disso você será profundamente transformado. 

Jesus declarou em Mateus 24.35: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.” Warren Wiersbe ao comentar essa passagem afirmou: “O mundo muda. As circunstâncias mudam. Eu mudo, mas a Palavra de Deus nunca muda.” Leia a Palavra de Deus!