ENTENDENDO DEUS PELO PERDÃO
José é um dos maiores exemplos bíblicos sobre como demonstrar perdão de forma prática e objetiva. Quando ainda jovem, seus irmãos alimentaram ódio contra ele. E em uma propícia oportunidade, seus irmãos o venderam para uns mercadores midianitas. Estes, por sua vez, venderam-no como escravo para um general no Egito chamado de Potifar.
Nem se pode medir a dor e o sofrimento de José. Ele foi desprezado, usado e desvalorizado por seus irmãos. José foi tirado bruscamente do relacionamento familiar, e em especial de seu pai, Jacó, que o amava profundamente.
Depois de vários anos, os papéis se invertem. De forma miraculosa José torna-se o segundo homem mais poderoso no Egito, e devido a uma grande fome mundial, seus irmãos vão ao Egito para comprar alimento. E após reconhece-los e sem ser reconhecido, José monta um projeto para entender as reais motivações de seus irmãos que culmina em ele mesmo se fazer conhecido a eles. E por sua atitude e pela providência divina, seu irmãos, seu pai e todos seus parentes são salvos da maior crise econômica da história de então.
Após a morte de Jacó, seus irmãos, por terem suas consciências atacadas pela culpa, se apresentam a José para se tornarem seus escravos. E em Gênesis 50.19-21 temos sua resposta a eles: “…Não tenham medo. Estaria eu no lugar de Deus? Vocês planejaram o mal contra mim, mas Deus o tornou em bem, para que hoje fosse preservada a vida de muitos. Por isso, não tenham medo. Eu sustentarei vocês e seus filhos.”
O perdão de José concedido a seus irmãos é sustentado por pelo menos três princípios básicos.
O primeiro princípio é que José sabia que Deus estava em sua história. Ele aprendeu que Deus estava no controle de sua vida. Se ele não fosse para o Egito, ele não se tornaria um homem poderoso, e assim ele não poderia salvar tantas pessoas da fome como o fez.
O segundo princípio é que José sabia que Deus estava no controle total do mal que fora feito contra ele. José aprendeu que Deus sabe muito bem usar os erros humanos para levar adiante Seus propósitos soberano. Com Deus o mal nunca tem a palavra final.
O terceiro princípio é que pelo fato de José olhar a vida do ponto de vista de Deus, ele se dispôs a ser um instrumento para abençoar. Deus era o centro do pensamento e das ações de José e por isso ele se tornou uma benção para seus irmãos e familiares.
Na verdade, ninguém será capaz de perdoar o ofensor enquanto não entender Deus em sua história. Mágoas e ressentimentos são decisões que revelam o pobre conhecimento de Deus. Os que insistem em não perdoar, ou são totalmente ignorantes de Deus, ou são expressamente rebeldes a Ele.
O certo é que se o perdão não faz parte de sua vida, infelizmente você não entendeu Deus.