O PARADOXO DA FRAQUEZA
Gostamos de ser e aparentar-nos fortes. Na verdade nosso mundo nos incentiva a isso. Alguém disse que “o mundo é dos fortes e somente sobrevive nele os que se adaptam.” Assim, não há lugar para a vulnerabilidade ou a fraqueza. Fraco é alguém perigoso por ser inapto e inoperante. O forte é destemido, controlador; ele consegue convencer pelas palavras, pelas roupas, pelo dinheiro, pelos bens e pelo status.
Diferente desse conceito, Paulo vivia no paradoxo da fraqueza. Ele testemunhou em 2 Coríntios 12.10: “Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte.”
A grande maioria das pessoas negam, defendem ou desculpam suas fraquezas, mas o melhor que se pode fazer com elas é reconhecê-las. Reconhecê-las para si, para os outros, e diante de Deus. Quem assim o faz, identifica-se naturalmente com o ser gente, ser pessoa, “ser humano”. E mais, larga-se a farsa, a hipocrisia e habilita-se para ser usado por Deus.
Deus ama o paradoxo da fraqueza. Paulo afirmou em 1 Coríntios 1.27,28: “ Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é para reduzir a nada o que é.” Deus sempre trabalha por meio do paradoxo da fraqueza. É pela fraqueza que Seu poder é melhor demonstrado.
Nenhum de nós, em sã consciência, contrataria para assumir cargos de chefia homens como os discípulos que Jesus escolheu. O futuro da mensagem de Jesus dependia totalmente deles. Mas Jesus “os contratou”. Por quê? Porque Jesus amava o paradoxo da fraqueza. Ele não os chamou baseado no que eram, mas no que poderiam se tornar. Esse era o estilo paradoxal de Jesus. Jesus sendo Deus, o Todo Poderoso, o Forte dos fortes, tornou-se um ser humano fraco, e por meio de uma posição de fraqueza, tornou-se servo e Salvador do mundo.
Assim, não tema admitir suas fraquezas; seja grato por elas; compartilhe-as abertamente. Isso lhe impedirá de se tornar orgulhoso, hipócrita e auto suficiente. Sua vulnerabilidade o libertará do estresse de manter uma falsa imagem; o fará humilde e dependente de outros; o fará mais compassivo e gracioso, fazendo-o enxergar melhor os erros dos outros. A fraqueza o tornará apto para ser usado por Deus. E existe uma experiência maior nessa terra do que ser usado para os propósitos eternos de Deus nesse mundo?
Não esqueça que quando você compartilha seus pontos fortes, você atrai competição, mas quando compartilha os pontos fracos você gera comunidade. Pessoas se identificam mais e melhor com gente autêntica, humilde e simples.
Nesse mundo dos fortes, não tema viver o paradoxo da fraqueza. Não tema dizer como Paulo: “Pois, quando sou fraco, é que sou forte.”
Gostaria de saber o nome do autor desse texto, seria possivel?
Olá Ivie. Meu nome é Roberto Naves Amorim. Pastor da ICESO, Goiânia – http://www.iceso.com.br – abraço!